Projeto de Resgate “Nova Vida” inicia atividades em SJN


Religiosidade, voluntariado e solidariedade para cuidar de usuários de drogas que procuram libertar do mal do século - A identificação dos internos foi preservada

Uma luta difícil contra um adversário maligno e cruel. O vício das drogas e bebidas alcoólicas já destruiu vidas, famílias e comunidades. É um problema generalizado em nosso país e no mundo. A cada dia, as ocorrências policiais registram diversos crimes com relação às drogas. 

Em São João Nepomuceno, uma realidade que infelizmente entristece e tira a beleza da garbosa cidade. Mas para combater esta situação, diferentes grupos religiosos, por exemplo, das igrejas evangélicas e católicas estão empenhados em ajudar aqueles que estão no “fundo do poço”. 

Internos em contato com a natureza
Entre esses grupos, o Projeto “Nova Vida” da Igreja Metodista Nova Jerusalém no bairro Santa Rita, que há quase seis meses recebe cerca de 20 pessoas nas reuniões, todas as 6ª feiras, às 19h30 e que no dia 21 de janeiro iniciou tratamentos aos usuários e estadias para até seis dependentes num sítio, localizado próximo a “Ponte Nova”. Em conversa com um dos coordenadores do “Nova Vida”, Marcelo Lamas explicou. 

“Sobre o sítio, é um projeto que tenho a parceria do Sebastião Sérgio Rodrigues, “o Paraná” e outros amigos. Já temos seis internos e uma fila de espera de aproximadamente 12 pessoas. O tratamento está ligado a trabalharmos alguns valores que são extremamente importantes na vida social de qualquer pessoa, como a disciplina, trabalhando a questão de horários e obedecer as regras da casa, a questão de se submeterem as autoridades como pais, professores e patrões. E trabalhando também a espiritual que entendemos ser a mais importante de todas, pois quando o indivíduo entende qual o verdadeiro sentido da vida, ele automaticamente abandona as práticas nocivas a sua vida. Existe uma passagem da Bíblia que diz: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." Nós acreditamos que a verdadeira libertação vem através do conhecimento e do entendimento de algumas verdades que a própria sociedade que muitas vezes recrimina as atitudes dos dependentes, é a mesma que dita que a bebida não tem problema, que se usar drogas moderadamente hoje é normal, que se mentirmos por algo do nosso interesse vale a pena”, explicou Marcelo.

Luta e combate contra as drogas. Projeto tem objetivo de recuperar pessoas
O sítio Resgate começou seu funcionamento com um pequeno orçamento e precisando de doações e voluntários, pois para o tratamento são necessários custos com monitores, psicólogos, manutenção do sítio como luz, água, alimentação. 

“Não temos rendas extras como patrocinadores, convênios com órgãos públicos, etc.  Reunimos e cada um colabora com o que pode. A ideia é de começar, depois a coisa vai crescendo, as pessoas interessando e aí sim aumentar”, comentou Marcelo que ainda citou importantes pontos de vista. 

“Entendemos que através da semeadura de pequenos desvios de conduta, vem as grandes colheitas dos problemas que nem os dependentes, nem a sociedade quer colher. Atualmente, temos um grupo de amigos, todos voluntários e empresários do comércio local que tem sustentado nosso projeto com doações de alimentos e mantimentos necessários. Temos outra ideia em andamento que pretendemos deixá-lo auto-sustentável fazendo parceria com algumas empresas prestando algum serviço onde o resultado poderá custar todas nossas despesas”, finalizou o idealizador.

Por Márcio Sabones
Fotos: Projeto Resgate
 

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